Através
da antiga arte marcial do Wuju, Master Yi temperou seu corpo e afiou sua mente
até o momento em que o pensamento e a ação se tornaram um. Embora ele escolha
usar a violência como último recurso, a graça e velocidade com a qual ele
empunha sua espada assegura que a resolução seja sempre ágil. Sendo ele o
último praticante vivo do Wuju, Master Yi dedicou sua vida a encontrar
discípulos capazes de carregar este legado de seu povo perdido. Mesmo
antes de Yi se tornar mestre em Wuju, ele era considerado um dos mais
habilidosos praticantes desta arte marcial mística. Ele em breve provaria sua
maestria quando notícias de uma invasão noxiana massiva alcançou seu vilarejo
remoto. Yi varreu os campos de batalha de Ionia, virando a mesa da vasta
infantaria de Noxus com ataques decisivos e ágeis, para o vexame do Alto
Comando Noxiano. Reconhecendo a
ameaça que os discípulos do Wuju apresentavam à sua invasão, os noxianos
decidiram por desferir um devastador ataque químico no lar da arte mortal.
Aqueles que de alguma forma sobreviveram à mistura venenosa tiveram suas mentes
distorcidas sem chance de cura. Do lar de Yi, sobraram somente ruínas. Ao
término da guerra, Yi retornou aos grotescos restos de seu vilarejo. Lá, ele se
tornou a última baixa. Com seu espírito destruído, além de seu corpo, Yi se
prendeu ao único sentimento que restava em seu coração: vingança. Guiado
somente por seu desejo de punir aqueles que destruíram seu lar, Yi passou anos,
recluso, em treinamento. Ele se tornou um espadachim ainda mais mortífero do
que costumava ser, mas a verdadeira maestria do Wuju ainda lhe escapava. No
auge de sua frustração, um macaco de conduta incomumente nobre interrompeu seu
treinamento. Ereto como e alto como um homem, o primata assistiu e imitou os
movimentos de Yi. Yi tentou afastar o símio, mas a ágil criatura fez bom
proveito em usar as técnicas do próprio homem contra ele mesmo. Yi sentiu sua
raiva gradualmente se acalmar conforme trocava golpes com o animal brincalhão
e, assim que o fardo de seu ódio havia desaparecido, ele percebeu que havia
pego o macaco pelo rabo. Entendeu, então, que nunca iria ser mestre em Wuju
enquanto sua ambição fosse norteada pela vingança. E assim que deixou ir o
macaco, também percebeu seu desejo por derramar o sangue do inimigo. Yi
agradeceu o macaco por mostrar-lhe o que não podia notar, e surpreendeu-se
quando a criatura o respondeu à altura. Ele desejava aprender a arte de lutar
de Yi. Foi um pedido um tanto incomum, mas foi através dele que Yi viu seu novo
caminho: a maneira de honrar a memória de seu povo seria a de passar seus
ensinamentos a uma nova geração.
“O
gume da espada mais afiada não é páreo para a calmaria de uma mente em paz.” -
Master Yi
Nenhum comentário:
Postar um comentário